segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ilhavense















Ilhavo



Cais de muita nau
Porto de pouco navio
Porão de bacalhauVazio...
Pintas com tintas tuas
Pelos becos...pelas ruas...
As casas...
Gritas agudos gritos
Aos granitos
Enegrecidos pelas brasas...
Nas lareiras...
E aos das soleiras...
Maculados pela sombra de asas
De suas aves prisioneiras...
Cais com cal tua
A campa nua
Dos mares...
Gritas graves gritos
Aos granitos
Das pedras tumulares
Dos marinheiros mortos
Nos pertos portos
Dos longes lares...
E endireita-lhes os crucifixos e os retratos... tortos...















Marinheiros Ilhavenses

Sois os bravos Marinheiros
Daquela Terra, onde o
MarFez de vós grandes herdeiros
Daqueles Aventureiros
Que o Cabo foram dobrar!
O nome que vem honrando
É sólido pedestal!
E tal fama lutando
E as ondas enfrentando
Desde heras de Cabral!
Ao segurar com firmeza
O léme de seu veleiro
Suas mãos têm destreza
E o rosto seu, a nobreza
De valente Marinheiro!
O sangue teu é o Mar
Corre o Mar nas tuas veias
Sabes o p’rigo enfrentar
E com as ondas lutar
És valente, - não receias!
Rasgam-se velas e o vento
Sopra com fúria incontida!
Horas de luta e tormento
E tu naquele momento
Não pensas perder a vida!
Tens fé em Deus e a esp’rança
Dos filhos teus abraçar!
Lutas pois com confiança
Porque decerto a bonança
Não tardará a voltar
Quando ondas do mar irádo
Fustigam o rosto teu
Não te sentes molestado
Pois ser p’lo Mar maltratado
Foi sina que Deus te deu!
Dizem sempre: - Não tem mal
O futuro a Deus pertence!
És batalhador leal
Que honras a Portugal
E o nome de Ilhavense!

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